De malas feitas...

Pois é, chegou o dia.

As malas estão prontas e espero não me esquecer de nada importante. Cá vou eu, dar o salto para uma nova vida. A fazer figas e só com um pensamento... Tudo vai correr bem!

É assim que fecho a porta de uma etapa da minha vida e abro as asas no caminho de outra.

Vamos a isso, sem medos. Quem não arrisca nunca saberá!


13 de dezembro de 2011

Maassluis, Delft e Roterdão II

O domingo foi destinado á grande cidade de Roterdão.
Começámos por explorar a parte velha da cidade, Delfshaven (onde as bombas não chegaram) e ainda se mantém como nos "old days". Com as suas casinhas tipicas e decoradas e ruas pequeninas.
É nesta zona que se encontra a casa e o museu de Piet Hein.

Piet Hein foi um brilhante almirante e oficial naval holandês, durante a guerra dos 80 anos. Entre outras, tomou a Armada Espanhola de Prata e chegou á Baia de Matanzas.
Rumou ao Brasil, e capturou (por pouco tempo...eheheheh) a colônia portuguesa em Salvador, conduzindo pessoalmente o assalto á fortaleza da cidade.
Atacou Luanda, mas não conseguiu capturar a cidade (eheheheheh). Em uma posterior invasão em 1627 para reconquistar a Bahia, ele falhou, mas capturou mais de trinta navios portugueses, com uma grande carga de açucar (ora bolas :S).
Hein é hoje frequentemente denominado um pirata (porque ele era um), mais foi um relativamente bem sucedido comandante militar.
É nesta zona que podemos encontrar a PelgrimVadersKerk (a Igreja dos pais peregrinos, traduzindo á letra).

A história da Igreja dos Padres Velho ou Pilgrim 'vai para trás até 1472, quando a Igreja Católica Romana de Santo Antônio foi consagrada. Em 1608, um grupo de religiosos ingleses fugiram para a Holanda. Tinham deixado a Igreja Anglicana, alguns anos antes e  fundado sua própria comunidade religiosa.
Depois de 11 anos, tornaram-se peregrinos e foram para a América, onde puderam adorar a Deus em sua própria maneira e ainda ser ingleses, num navio que os esperava nesta zona da cidade. Daqui partiram em paz para a peregrinação na América. Dizem que se  ajoelharam em oração no cais perto da igreja, a que mais tarde seria dado o seu nome. 



Vista sobre o canal, Uma casinha com uma vaca  a decorar o topo, e o Museu Piet Hein
                                                                                            



 Depois de uma caminha pelas ruas antigas, uma espreitadela no posto de turismo, onde pudemos ver fotos do pós bombardeamento (impressionante)... rumámos a dita Roterdão!


Devido á devastadora destruição da cidade durante a 2 guerra mundial, muito pouco sobrou da antiga cidade. Podemos encontrar 4 ou 5 edifícios que resistiram e pouco mais.
Muitos são os monumentos alusivos á guerra, alguns com pequenos destroços do edifício existente.
A reconstrução de Roterdão foi um "dar largas á imaginação" de muitos arquitectos nacionais e internacionais. Com carta branca, os arquitectos concorreram a concursos para a construção dos mais variados, modernos e muitas das vezes, estranhos, edifícios.
Roterdão, é assim a cidade mais modernizada e industrial da Holanda.
Não vos consigo dizer se gosto ou não. Consigo dizer que não gostaria de viver lá, mas que sabe bem passear pelas ruas de vez em quando. Dá a sensação de que estamos noutro país, bem distante deste feito de canais, casas de tijolo, flores, etc.
Este dia de domingo, trouxe-me ainda, memórias do Algarve, com um almoço de chocos guisados, o belo pão, a azeitona.... Roterdão está cheia de portugueses (devido ao muito trabalho na industria e no porto), por isso não é muito difícil encontrar um restaurante, café, tasquinha portuguesa, assim como ouvir a nossa língua a deambular pelas ruas, cheias de lojas e animação cultural.

     Casas cúbicas (engraçadas no seu interior) , Café Lisboa com a Catedral sem telhado, ao fundo e o almocinho :)
                              

A Casa Branca (um sobrevivente),  a zona comercial (gigante)  e a Câmara Municipal (Gemmente)

                                                   

Mais uma vez.... A REPETIR!!!! (ficou tanto por ver...)





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