De malas feitas...

Pois é, chegou o dia.

As malas estão prontas e espero não me esquecer de nada importante. Cá vou eu, dar o salto para uma nova vida. A fazer figas e só com um pensamento... Tudo vai correr bem!

É assim que fecho a porta de uma etapa da minha vida e abro as asas no caminho de outra.

Vamos a isso, sem medos. Quem não arrisca nunca saberá!


12 de março de 2014

Despedidas...

Depois de quase 3 anos a viver fora do meus país, já passei por muita coisa, muitas emoções, muitas perdas, muitos ganhos... mas há coisas que continuam a custar muito... e uma delas são as despedidas.
Despedidas via net custam muito. Não há o olhar, o toque, o cheiro... perde-se o momento, o olhar para trás, o ultimo aceno, a lágrima... e quando esta despedida é de alguém muito especial, como o meu pai, isto custa a triplicar!

Quase diariamente há portugueses a sair em busca de trabalho, de melhores condições ou mesmo de aventura...
Não que isso seja mau, continuo a achar que se deve arriscar, que se deve abrir a mente a novos desafios, mas desta vez, quem deixou Portugal, foi alguém que toda a vida lutou por um Portugal melhor, que toda a vida trabalhou duro, que deu tudo por tudo, deu o corpo á luta quando foi preciso, estudou numa das mais difíceis fases da vida, sempre trabalhou, aprendeu, ensinou, educou, até que a crise e a idade o puseram de lado...
E, por muito que eu ache que se deve investir na mudança, pergunto se isto é justo.
Numa altura em que o corpo pede descanso e tempo para aproveitar as coisas boas da vida... se tem de fazer as malas e partir... partir com rancor, com receio, com tristeza...
Sei que o mais difícil é o inicio, que depois nos acostumamos, e a tecnologia faz-nos estar mais perto... mas... custa. E quando é assim, custa muito!

Desejo a melhor sorte do mundo, e que o tempo voe, que esta aventura seja só uma pequena viagem com boas recordações, e num abrir e fechar de olhos tudo volte ao normal.

Mas sinto pena que Portugal esteja assim, a perder mentes brilhantes que para sempre vão ficar desiludidas, tristes e amarguradas com o seu país!
Este é o país que nós ajudamos a construir. Continuamos a recordar os feitos brilhantes do passado e esquecemos-nos que o mais importante, é criar outros mais, desenvolver, andar para a frente, pensar no futuro, crescer!
Já chega de estar "parado no tempo", chega de lamechices, chega de aldrabices! É preciso gente séria e inovadora!!!