Começou por uma noite de sexta bem aconchegada no sofá a ver um filme, sem grandes ramboias, pois a caminhada de 7km deixou-me de língua de fora e o sábado prometia... e claro, a começar bem cedinho.
Por volta das 7.35h saí de casa, pronta para uma mega viagem de comboio (ás 7.45) até a Amesterdão. Cheguei ás 10.20h e já lá estava a X. á minha espera. :)
Amesterdão made in wikipédia:
"No início, Amsterdão era nada mais que um povoado de pescadores. Segundo a lenda, a cidade foi fundada por dois pescadores da província de Frísia, que por casualidade acabaram nas margens do rio Amstel em um pequeno barco, junto a seu cachorro.
A data tradicional da fundação da cidade foi em 27 de Outubro de 1275, quando retiraram a obrigação dos seus habitantes de pagar taxas associadas a passagem em pontes neerlandesas. Em 1300 foi concedido o direito oficial de cidade, e a partir do século XIV, Amsterdão começou a florescer como centro comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades neerlandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática."(tinha de ter qualquer coisa da Frisia) ;)
Começámos por um cafésito, mesmo mesmo iiitttooo, e com força e vontade de palmilhar a cidade, ou melhor, um pouco da cidade, que isto tem de ser feito devagarinho.
Com a vontade de ver e rever museus, fizemos o cartão Museumkaart, que dá para 1 ano e por 45€ conseguem entrar em quase todos os museus da Holanda. Se fizermos as contas a uma média de 9€ por museu, e com mais de 900 espalhados por aí... compensa e muito!
O planeado era deambular pela conhecida rua e cheia de mistérios do canal Keizersgracht ( Património Mundial), o canal foi construído em 1612, por isso podem calcular que muito há para ver. Edifícios cheios de história, museus, arquitectura, etc
Fizemos o cartão no museu da cidade, "Amsterdammuseum" e tivemos logo direito a entrada... não é um museu a reter, mas valeu a simpatia e a nossa curiosidade. Pode-se ver a história da "luta contra a água" e a arquitectura, fotografias antigas, trajes de época, bicicletas, guerreiros, um pouco da história da cidade, dimensões, população, etc...
Fizemos uma visita ao mercado das flores, que adoro e onde vou sempre. O colorido enche a alma de alegria, o cheiro eleva-nos o espírito e as diferentes mil linguas que se ouvem mostram-nos que estamos numa cidade cheia de vida.
Claro, que tivemos de parar na típica loja dos queijos... e provar alguns ;)
E vamos nós outra vez palmilhar a cidade... directamente para o museu Casa Van Loon (Em 1602 Willem van Loon co-fundou a Companhia East-India holandês)... Uma das casas "mais finas" da cidade, onde se pode ver a colecção da família. É engraçado ver como se vivia por aqui... tem peças bastante interessantes e eu fiquei fascinada pela cozinha... tão gira... a decoração e a cor, faz lembrar as casinhas de bonecas antigas. E uma das peças que me intrigou, e que tivemos de perguntar o que seria (se bem que sim, parece-se com um trenó, mas a portinha debaixo do rabo poderia suscitar outras coisas... mas não... era para pôr brasas para os meninos não se congelarem...)
Encontrámos entre muitas outras, a casa mais pequena de Amestradão, com apenas 1.20m de largura (xiça... não dá para uma cama de casal :S), e claro que tivemos de fotografar as casas tortas...eheheh
Continuámos a percorrer a rua até á Prinsengracht, onde se situa a casa de Anne Frank... e mais uma vez, cartão na mão e vamos lá!
A casa fica perto da Westerkerk (Igreja do Oeste). Esta igreja é detentora da torre mais alta de Amesterdão, decorada com a Coroa Imperial da Áustria.
É aqui que está enterrado Rembrandt, mas não se sabe ao certo onde, algures ao longo da parede norte...
Foi também nesta Igreja que a 10 de Março de 1966, a Rainha Beatrix (na altura Princesa), casou com o Príncipe Claus.
Mas, voltando á casa de Anne Frank... não tenho muitas palavras para explicar, mesmo despido de mobiliário, o anexo onde 2 famílias viveram escondidas e aterrorizadas, tem uma vibração e uma serenidade que nos toca. O silêncio impera assim que se sobe as escadas íngremes escondidas por uma estante. É instintivo, é como uma força que nos fecha a boca e nos desperta os sentidos... as janelas cobertas de cortinas pretas, as paredes do quarto de Anne decoradas com recortes de revistas, o cheiro, o ranger das tábuas no chão, que nos deixam a pensar como seria possível viver ali sem fazer barulho?
Para mim, esta visita foi sem duvida um marco neste dia cultural, e penso que nunca esquecerei o sentimento que se instala quando se entra no anexo.
Antes de chegar ao anexo, passamos pela parte comercial da casa, com a explicação do que se fazia ali. Podemos ver antigas notas de compras, cartas e utensílios. Assim como fotografias e a estrela que os judeus tinham de usar na roupa de forma a serem facilmente identificados. Depois, para a saída, estão em exposição os escritos de Anne. O diário, cadernos e folhas soltas. Fotografias de família e de época e as fotografias e os registos dos campos de concentração para onde foram levados.
Por toda a casa (excepto no anexo), encontramos várias passagens do diário escritas na parede, e pequenos filmes que vão explicando tudo.
Só vos posso dizer que se sente e que dói... mas... abre-nos os olhos!
(Como não se pode fotografar a casa, as fotografias do seu interior foram retiradas da Internet)
E depois disto, foi tempo de passear, entrar em lojas que achávamos engraçadas, lojas de antiguidades, e beber um belo chocolate quente antes de voltar á majestosa Central Sation e apanhar o "poca-terra" de volta a casa... e claro... havrá mais muito em breve!!! :D
Tot ziens Amesterdam :D:D:D
AMEI!
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