Hoje em dia não se fala de outra coisa senão as praxes, e este é um assunto que deve ser tratado com cuidado.
Eu fui praxada, praxei, ajudei a praxar, e de todas as vezes, diverti-me muito!
Andei pelas ruas de Lisboa de cara e mãos pintadas, penico na cabeça e a cantar para todos os que por ali andavam, para os vizinhos e até para os caloiros das universidades "rivais". Dei cambalhotas, levei um baptismo muito mal cheiroso, entre muitos outros jogos divertidos. No entanto, nunca fui obrigada a fazer nada que não quisesse, assim como nunca obriguei ninguém a fazer!
A praxe serve para inserir os novos alunos na "comunidade universitária", serve para socializar, para fazer novos amigos, para marcar o inicio de uma nova etapa. Nunca serviu para ostracizar, humilhar, agredir! Tudo o que não é de comum acordo e inocente, é abuso, é crime e deve ser tratado como tal, tanto dentro das portas universitárias, como na comunidade em geral!
Os novos alunos (caloiros) devem estar a par destas "regras", ao iniciarem a vida académica. Fazemos todos parte de uma sociedade, com direitos e deveres. E estes devem ser respeitados por todos.
Não somos, NUNCA, obrigados a fazer algo que não queremos, que temos receio ou de que não concordamos!
Não sou a favor do fim desta tradição, muito pelo contrário, acho que quando é feita de maneira a que todos, mesmo TODOS, os intervenientes se divirtam, é das tradições mais engraçadas que há, e fica para sempre nas nossas memórias como boas recordações, boas amizades, etc. Mas para tudo existe limites, para tudo existe regras. E estas devem ser seguidas!
Façam jus ao estatuto de universitários, da geração do futuro, e usem mais a cabeça, pensem, inventem e divirtam-se!
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