De malas feitas...

Pois é, chegou o dia.

As malas estão prontas e espero não me esquecer de nada importante. Cá vou eu, dar o salto para uma nova vida. A fazer figas e só com um pensamento... Tudo vai correr bem!

É assim que fecho a porta de uma etapa da minha vida e abro as asas no caminho de outra.

Vamos a isso, sem medos. Quem não arrisca nunca saberá!


12 de agosto de 2016

O inferno do verão

Pois bem, vamos cá falar sobre este inferno que se abate sobre Portugal todos os anos, sem dó nem piedade durante os meses mais quentes do ano.
Seja por mão criminosa (a maioria), seja por acidentes, meteorologia, seja porque razão for, este cenário repete-se ano após ano. E nós, não aprendemos nunca!

Espero profundamente estar enganada, mas penso que para o ano cá estarei de novo, a falar do mesmo inferno.
E isto porquê?
Porque em primeiro lugar vivemos num país onde é mais vantajoso ser criminoso. A pena é mínima ou nula, comparado com o que ganham. E falo de todos os ganhos possíveis. Desde madeireiros, a terrenos, ás águas, ás empresas de meios, que os alugam a preços estapafúrdios (meios como aviões, helicópteros e outros), a políticos corruptos que venderam os meios de que dispúnhamos por falta de dinheiro (mas comprou-se carros novos, fizeram-se acordos milionários para pontos de carros eléctricos que quase não existem (por exemplo), ordenados chorudos, ajudas a empresas privadas, bancos e bancários corruptos, viagens e outras fertas). Porque as prioridades deste pais estão todas trocadas, e porque nós como povo somos pequenos, refilamos, mas não reclamamos, não contestamos, não nos revoltamos.
Somos todos um medrosos, que nos escondemos atrás de um grito na rua, atirado para o ar, ou numas palavras escritas confortavelmente em frente ao computador. Sim, também faço parte dessa gente medrosa e vaidosa....  sem a coragem de me levantar, por achar que sozinhos não conseguimos nada.
Pois, mas se todos os "sozinhos" se levantarem, seremos muitos, e teremos muita força!

Defendo as penas de 25 anos a incendiários.
Defendo a limpeza de matas, arruamentos, caminhos, etc. obrigatória. Para que a devastação seja menor e para que a chegada de ajuda seja mais eficiente.
Defendo que esta limpeza seja feita por presidiários que nos consomem tanto dinheiro. Que façam algo pela comunidade!
Defendo meios e apoios para os nossos heróis, que serão ingratamente esquecidos assim que os incêndios forem extintos.
Defendo que todas as habitações estejam preparadas a evocações urgentes. E que as localizadas em pontos críticos (junto de florestas, matas, etc), tenham outros meios de segurança. Como pontos de água, acessos para carros de bombeiros e ambulâncias, detectores rápidos de fogo, etc.

Tanta coisa que se poderá pensar e fazer... Nestes momentos, todos nos lembramos do que poderíamos ter feito. Mas, sendo eu portuguesa, sei que nos iremos esquecer muito rapidamente.
E esta atitude descrente, desgovernada e enfadonha que me preocupa.
Quantos de nós que hoje partilhamos fotografias de bombeiros heróis, eternamente agradecidos, passaremos por eles amanhã sem os olhar?

Entristece-me pensar que após o inferno, a união desaparece, como as cinzas... aos poucos se vai... e para o ano, cá estaremos de novo, a falar do mesmo, a partilhar as mesmas fotos heróicas, a chorar o perdido...

Desastres, acidentes... isto é nada mais nada menos de CRIME.
E a falta de prevenção também o deveria ser!!!







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